Estudos Geossociolinguísticos Do Português Falado Em Pernambuco

Os estudos sobre a L ngua Portuguesa falada em Pernambuco est o, a cada dia, com mais destaque, haja vista o n mero de pesquisas que tem sido visto nas mesas de pesquisadores tanto do Nordeste como de outras regi es brasileiras e at extrapolando as suas fronteiras.Antes, a fala pernambucana t o imitada era objeto de pesquisa de lexic grafos at o advogado M rio Marroquim catalogar aspectos da morfologia e da fon tica nordestina, priorizando os Estados de Pernambuco e de Alagoas. A partir da , os estudos passaram a ser respaldados sob os ausp cios da sociolingu stica, rea respons vel por explicar a l ngua com base nas quest es sociais dos indiv duos, ou seja, por vieses diastr ticos. Contudo, a partir da constru o do Atlas Lingu stico da Mata Sul de Pernambuco (ALMPASPE) por parte de uma pesquisadora palmarense, a descri o lingu stica desse estado passou a tomar outro caminho, o da Dialetologia e seu m todo Geolingu stico, com base no qual uma das formas de registro das variantes realizada cartograficamente.Ap s o ALMASPE, outros trabalhos come aram a ser produzidos: o Atlas Lingu stico de Bu que, o Atlas Lingu stico da Pedra, o Atlas Lingu stico do Paje Pernambucano, o Atlas Lingu stico Rural do Agreste e Sert o Pernambucano, o Atlas Lingu stico de Pernambuco e o Atlas Lingu stico Quilombola do Agreste e Sert o Pernambucano, al m de muitas an lises tanto com os corpora dos atlas j conclu dos como de pesquisas realizadas para fins espec ficos de conclus o de disciplina e de curso.Aqui s o apresentados seis trabalhos baseados em pesquisas realizadas em Pernambuco. O primeiro desses apresenta um estudo sobre a redu o de proparox tonas no Sert o de Pernambuco: estudo com base em dados do projeto VALPE, um projeto embrion rio que se transformou num banco de dados para Atlas Lingu stico de Pernambuco, com todos os inqu ritos j transcritos. Nesse estudo, foi verificada o qu o reduzidas podem ser as lexias proparox tonas quer a partir da elimina o de segmentos mediais, quer a partir da elimina o de segmentos finais.O segundo trabalho apresenta uma an lise de cunho lexical, com base nas designa es do campo das brincadeiras e jogos infantis, enfatizando variantes para pega-pega e picula.Retornando s quest es fon tico-fonol gicas, o texto seguinte apresenta um panorama geral registrado no corpus do Atlas Lingu stico de Pernambuco, tratando da quest o das vogais pret nicas, da varia o das consoantes e outros fen menos mais representativos no Estado.Por ser um estado eminentemente rural, foi relevante destinar um cap tulo s quest es agropastoris. Na ocasi o, itens como ca u , canga e cangalha obtiveram uma grande quantidade de variantes distintas.Por fim, fazendo um confronto com outros falares nordestinos, foi realizado um estado baseado nas variantes para a estrela-cadente e se percebeu a riqueza do portugu s falado pelos pernambucanos e se estendo por falares de outros estados nordestinos.Assim, este trabalho veio para coroar os estudos lingu sticos no Nordeste e inspirar outros pesquisadores na perspectiva geossociolingu stica e compartilhar a heterogeneidade que o falar pernambucano tem com outros falares.